terça-feira, 19 de maio de 2009

welcome to twitter

fui apresentada ao twitter, um pássaro azul simpático, em uma das aulas de tendências da propaganda, da minha pós-graduação em comunicação com o mercado. entre os inúmeros recursos trazidos por essa maravilha que nos conecta em qualquer parte do globo, a internet, essa foi mais uma das propostas que me chamaram a atenção. mas não fiz meu profile naquele instante. acredito que todas as idéias, por mais instintivas que sejam, precisam ser amadurecidas.

o twitter me seduziu por aquela coisa maluca de exercitar meu poder de síntese e comprimir pensamentos em míseros 140 caracteres. logo eu que adoro a escrita literária, romântica, o excesso de adjetivos, a inexistência de letras maiúsculas e a economia de acentuação (porque esses recursos são supérfluos, prestar atenção na técnica nos desvia do conteúdo). logo eu, jornalista com pavor de jornalismo diário (para trabalhar, para apreciar...hum...de vez em quando). pois me rendi ao twitter. deixei que o passarinho me levasse.

agora estou naquela fase de namoro e me deixo surpreender quando recebo um "convite" do marcelo tas para assistir a um debate dele na MTV sobre a suposta morte mídia impressa. ou quando fico sabendo que enquanto eu faço hora extra, o wagner moura vai curtir um happy hour com o lázaro ramos, o vladimir brichta e o lucinho mauro. e exercitando essa fetiche de voyer, consigo entender que a maluquice da instantaneidade e volatidade das mensagens jogadas nas redes sociais dá uma tranca no mundo privado e nem se desculpa. e isso não é feio. pasmem, é lindo.

sou uma menina fascinada por tecnologia e sugo dela tudo o que posso, tudo o que em minhas mãos, olhos e antenas possa chegar. atribuo tudo isso ao meu ascendente em aquário, signo de gente antenada, que segue tendências. conseguir estar conectada a todos, ter acesso a informações, opiniões, a todo segundo é algo que me fascina. é claro, sempre há o outro lado, a reflexão sobre a profundidade desses contatos, a relevância dessas ações. mas para uma sociólatra, uma viciada em gente, em falas, em expressões, estar ligada, seja no twitter, no msn, no orkut ou qualquer outra plataforma virtual não deixa de ser um vício interessante. mais um para a minha coleção.

se você não sabe o que é twitter, você tem problemas. não é uma questão de fazer parte, mas de saber. conheça primeiro, depois decida.
digite www.twitter.com na barrinha branca do seu navegador e tente entrar nesse mundo. ou não.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

gotas...

Dia de chuva, alma longe, vontade de entrar pra dentro da gente.
Que a água dessas gotas possa limpar dentro de mim qualquer pedaço de desilusão.
Trabalho dobrado é distração para os sentimentais que mergulham dentro de si mesmos.

(Covardia não ter um botão de pause dessa vida agitada, frenética, maluca, que suga a gente).

Fim de semana se aproxima, e nele reside toda a esperança minha, concentrada em uma noite e dois dias para ser um pouco mais feliz.
Escutar uma boa música, levitar na dança, eterna apaziguadora dos conflitos que temos por dentro. Ela distrai, ela nos faz ver com olhos diferentes cada novo foco de atenção que se sobrepõe a nós mesmos.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

colcha de meninas

um apartamento que é uma empresa e uma casa ao mesmo tempo. nele, moram dois personagens de uma história que vai ter seu primeiro final-feliz-de-contos-de-fada em julho. um menino exagerado, que compra 17 bandejas de salgadinhos e uma menina ranzinza e engraçada ao mesmo tempo. cabem bem mais adjetivos nela.

uma morena de cabelos curtos que ainda não reconheço de costas, mas que tens olhos que parecem lanternas para mim. os leio de qualquer canto do mundo, sob qualquer tempo e intempérie. um coração dividido, mas sempre compromissado. um coração que ama demais e não vê obrigação em ser responsável pelo que cativa. conselhos de mulher, jeito de criança.

uma abobadinha que chora ao contar uma das maiores perdas que a vida lhe exigiu. presidente do clube, ela seleciona candidatas para uma guerra que parece nunca ter fim. nós e nossos amores. nós descobrindo que amamos nós mesmas acima de qualquer coisa. selinhos para ela, porque essa morena-crespa-lisa merece. e a gente anarquiza, a gente vira do mundo de cabeça pra baixo, e pra isso só precisa cinco minutos e cinco garrafas de polar.

uma mulher importada de meia-calça azul. o vestido xadrez só combina com elas porque quem os veste é a nossa maluca feliz. risadas, comentários que só ela sabe dizer. e dá vontade de tirar fotografias mentais a cada nova risada que ela dá, a cada careta que ela ensaia quando eu conto fatos um tanto desagradáveis. eu guardo ela dentro de mim, mas queria poder a materializar toda a vez que eu apertasse um botãozinho. adulta, linda, como sempre, linda...

uma gilda que telefona de qualquer canto do mundo. se ela tivesse em outro planeta, tenho certeza que dava um jeito. nem o delay prejudica a nossa sintonia. nem anos fazem a gente se perder nos scripts de nossas vidas. e os gatinhos abobadinha? não, ela não parece estar se esmerando para merecer a sua carterinha. quero mais novidades, teleconferências, e-mails-bíblia pra gente poder se contar.

a gente acredita sim em finais felizes e na força estúpida que tem esse amor chamado amizade. porque sabemos o quanto é preciso flexibilidade para entender que mudamos, de cor de cabelo, de peso, de jeito e de opções para as nossas vidas. aceitar o amor sem colocá-lo em forminhas, sem querer dizer se é certo e errado. a gente conhece todos os nossos defeitos e seguimos sentindo falta de uma pitada sequer uma da outra. quando eu contar para meus filhos que um dia conheci vocês vou sentir aquela honra, aquela, que só a gente sabe. nossa amizade, livre, sem preconceitos, por mais "marcada" que esteja encontra sua melhor definição na colcha de retalhos que somos.

domingo, 3 de maio de 2009

fim de semana

Fim de semana chama
Alívio de alma e de mente
Juntar amigos, experimentar novos lugares.
Encontrar felicidade na possibilidade de apenas conseguir dormir um pouco mais.

Merecido descanso. A gente larga de mão as preocupações do trabalho, se solta sem relógio na rua...os ponteiros já não marcam horas e sim alegrias. Amigos, descobertas, conversas e risadas ao ar. Alguém redescobriu um amor, alguém está cansada de tentar, outras estão de caso consigo mesmas. Uma colcha de retalhos e de emoções. Comadres tricoteiam ao sabor de uma gostosa Polar.

Sentir que a vida nos aplica peças, truques. Formas de nos testar, formas de nos fazer ver além do que víamos. Nos redescobrimos através das pessoas e de nossas atitudes. E ao som da música, experimentamos uma entrega total. Sons novos, alguns antigos, letras decoradas e nunca esquecidas.

Um conselho novo para uma situação velha. Tentar se colocar no lugar do outro. Mas como dizia uma vez a mãe da Carolina, “é teu coro que arde”. E a gente nunca sabe como seria se fosse o nosso. A única certeza dessa vida é que sempre há uma nova chance para tentar ser melhor. Viaje, mude de apartamento, acabe um relacionamento. Pinte de novas cores o seu quarto. Um fim de semana para arrumar tudo por dentro e recomeçar. Sempre com mais força, sempre com mais vontade. Nem que seja para repetir os mesmos erros de novo.